
Todas as histórias de Amor têm razões que a própria razão desconhece. O amor de Ana Andrezo e de João Bem por Aveiro entra nesse paradigma. De um pelo outro isso já são outros quinhentos, outra história. Mas pela nossa cidade, esse, é insofismável. Indescritível. E cresce a cada dia. A cada momento em que pelo destino que escolheram, estudam e se interessam mais por este cantinho, à beira Ria nascido.
E desse interesse crescendo e comum nasceu o Zeca. E sim, Zeca que vem de Zeca, o Afonso. E que vem do Afonso, o filho de Ana e João, que gostava de ouvir Zeca e por pedir para o ouvir, despertou no pai, criativo e marketeer por natureza, o interesse pelo nome. Zeca, de Zeca Afonso, que não por acaso nasceu em Aveiro. O destino, por vezes, tem destes caminhos imperfeitos que se tornam perfeitos, como as ruas da Beira Mar, os canais da Ria e os montes inconstantes de sal, donos de histórias de vida tão duras como irresistíveis.
E são essas as histórias que pode ouvir nos passeios pedestres partilhados com Ana pela cidade de Aveiro. Ou que pode sentir e pressentir quando visita a cafetaria e a loja no Largo da Apresentação e se vê rodeado de dezenas de pequenas coisas de Aveiro, numa aposta consistente naquilo que de perfeito toda a região produz e oferece a quem a visita.
Mas se de amor falamos, também falamos de liberdade, ou não fosse Zeca o nome. Da liberdade de criar de João e da liberdade arrebatadora de Ana, que um dia decidiu deixar um emprego de uma vida para se dedicar a mostrar todo o encanto que Aveiro proporciona. Desse amor que não tem tamanho saiu a Maria Bonita, a sardinha mais bonita do mundo, ou a mais doce se for de chocolate. Nasceu, também, o sundae de Iogurte Grego e Granola Caseira que é, quase de certeza, um dos pecados mais partilhados nas redes sociais. Mas, acima de tudo, mais do que sair ou nascer, floresceu a Alma e o Sentir aveirense. Que só quem visita o Zeca, percebe. E Ama. E partilha.