
A história de “Nós Trás os Montes” tem o seu quê de especial. Porque nasceu da dificuldade de Joaquim Nogueira, um engenheiro Agrícola no desemprego que, em vez de se refugiar no habitual discurso do coitadinho, arriscou num projeto difícil, que poucos acreditavam e que muitos lhe chamaram de “louco” por avançar.
Numa praça que em 2013 ainda estava longe do reboliço e do movimento de hoje, o conceito “Nós Trás os Montes” era apenas para vender produtos transmontanos e fazer provas de vinhos e sabores. Mas, rapidamente, acreditando que tudo estava a mudar, passou para um serviço distinto, onde se pode comer e comprar os melhores produtos regionais, beber a melhor cerveja e o melhor vinho.
“Ao longo da vida corri Portugal de lés-a-lés em trabalho. Estive em restaurantes onde se comia por 3 euros e em outros, de 150 euros, onde tinha empregados exclusivos por mesa. Foi uma experiência de vida onde aprendi que queria mesmo isto. Mas de outra maneira, mais cuidada. De qualidade ímpar. Onde todos os produtos que vendemos são respeitados. Somos diferentes. Bem diferentes”.
Esta diferença faz com que o sucesso seja hoje efetivo. Bem real. E palpável. Tão palpável que as “propostas” para comprar o espaço, “uma fortuna” explica, multiplicam-se. Mas, se calhar, “louco” de novo, recusa, com a mesma convicção com que se lançou na aventura. “Sempre disse que Aveiro ia ter este espaço cheio de esplanadas e de vida em quatro anos. Acreditei nisso como poucos. Agora quero continuar a fazer a diferença, com a certeza que esta é, sem dúvida, a casa ideal para quem tem paixão”.